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LIÇÃO 10 – JESUS E O DINHEIRO - 2° TRIMESTRE 2015(EBD Tube)

O Quê? DA LIÇÃO 10 - RIQUEZA,BEM OU MAL? - 2° TRIMESTRE 2015(EBD Tube)

LIÇÃO 10 – JESUS E O DINHEIRO - 2° TRIMESTRE 2015(IEAD/PE)

INTRODUÇÃO
Não são poucas as pessoas que interpretando mal o ensinamento das Escrituras sobre o dinheiro entram por dois
extremos, a saber: veem a riqueza como evidência de verdadeira espiritualidade, ou a pobreza como sinal de comunhão
com Deus. Nesta lição veremos o que o AT e NT nos dizem sobre as riquezas e as posses. Destacaremos que por causa da
má compreensão dos judeus dos tempos de Jesus acerca das riquezas, o Mestre fez duros sermões corrigindo essa visão
judaica distorcida. E, por fim, pontuaremos que, a Bíblia não condena a riqueza, mas nos adverte quanto ao
comportamento que não devemos ter em relação a ela.
I – O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O DINHEIRO, RIQUEZAS E POSSES
1.1 Antigo Testamento. O AT nos mostra que a prosperidade material acontece como um resultado de um favor divino
(Pv 10.22; Ec 5.19). Até mesmo os incrédulos enriquecem em decorrência desse favor (Sl 73.3-12). “Essa ideia de
prosperidade vai muito além daquela que é a do simples acúmulo de bens materiais e bem-estar físico (Pv 22.1). Na
verdade a compreensão que se tem no Antigo Pacto é que a prosperidade é, em primeiro lugar, espiritual e em segundo
lugar, material (Pv 13.7). Isso nos faz constatar que há outros valores que o Antigo Testamento revela que, embora não
sendo materiais, são tidos como grandes riquezas, verdadeiros tesouros. Dentre as várias coisas que a Antiga Aliança
mostra como sendo de maior valor do que bens materiais estão, por exemplo, o conhecimento (Pv 3.13; 20.15), a
integridade (SI 7.8; 78.72), a justiça (Sl 15.2; Pv 8.18; 14.34), o entendimento (Pv 15.32; 19.8), a humildade e a paz (Pv
15.33; 18.12; 12.20)” (GONÇALVES, 2011, pp. 19,22 – acréscimo nosso).
1.2 Novo Testamento. “O Novo Testamento tem muita coisa a dizer sobre a riqueza, mas em nenhum lugar ela é
apresentada como algo que deva ser buscado. Em vez disso, quase sempre é apresentada como uma armadilha ou um
perigo” (PIERATT, 1993, p. 148). Possuir bens e ter dinheiro é bom, e a riqueza em si não é má. O que fazemos com ela
pode sim transformar-se em algo danoso. De fato, a Bíblia condena o amor ao dinheiro (I Tm 6.10) e não a aquisição dele
(Ef 4.28; I Ts 4.11). Os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos deixam claro que os bens materiais senão forem
administrados com sabedoria, para benefício próprio, da obra de Deus e do próximo se constituem num tropeço que
poderá impedir o possuidor de entrar no Reino do Céus (Mc 10.23; Lc 6.24; I Jo 2.15; Tg 5.1).
II – A VISÃO JUDAICA E A VISÃO DE JESUS SOBRE O DINHEIRO
2.1 Visão judaica. “A cultura judaica dos dias de Jesus acreditava que riqueza era um sinal de um favor especial de Deus,
e que aqueles que a possuíam deveriam ser tratados com deferência. Esse fato levou os discípulos a verem com assombro
a declaração de Jesus falando da dificuldade de um rico entrar no Reino de Deus (Lc 18.24). Diante disso eles indagaram:
“Sendo assim, quem pode ser salvo?” A crença era que os muitos bens que alguém possuía já era um sinal da salvação”
(GONÇALVES, 2011, p. 76).
2.2 Visão de Jesus Cristo. Jesus explicou que é difícil entrar um rico no Reino dos céus (não impossível, mas difícil).
“Usando um provérbio judeu comum de um camelo ser incapaz de passar pelo fundo de uma agulha para descrever a
dificuldade da entrada dos ricos no reino de Deus. A riqueza pode ser um obstáculo. Os ricos, que têm a maioria das suas
necessidades físicas satisfeitas, frequentemente se tornam autossuficientes. Quando se sentem vazios, eles podem comprar
alguma coisa nova para aliviar a dor que deveria levá-los em direção a Deus. A sua abundância e autossuficiência se
tornam a sua deficiência. As pessoas que têm tudo na terra ainda podem sentir falta do que é mais importante - a vida
eterna” (APLICAÇÃO PESSOAL, 2010, vol. 01, p. 119). Abaixo destacaremos alguns ensinamentos de Cristo sobre as
riquezas:
 Não devemos buscar as riquezas como prioridade, mas o reino dos céus (Mt 6.33);
 Não devemos colocar o coração nas coisas materiais, mas nas espirituais (Mt 6.19-21; Lc 12.34);
 Não devemos ganhar o mundo às custas da alma (Mt 16.26; Mc 8.36);
 Devemos manter uma perspectiva eterna e juntar tesouros no céu “onde traça nem ferrugem corrói, e onde
ladrões não escavam, nem roubam” (Mt 6.19-21);
 Devemos ser ricos para com Deus e não apenas financeiramente (Lc 12.21);
 Devemos ter cuidado com a sedução das riquezas, pois elas podem sufocar a palavra semeada no coração
(Mt 13.22; Mc 4.19; Lc 8.14);
 Devemos ter a nossa vida centrada em Deus e não nas coisas (Mt 6.25-34).
III – O JOVEM RICO E ZAQUEU
O mesmo Jesus que disse ser muito difícil um rico entrar no reino do céu (Lc 18.24,25), acrescentou que “[...] as
coisas que são impossíveis aos homens são possíveis a Deus” (Lc 18.27). De forma interessante, Lucas registra em
Lc 18.18-24, um rico que aproximou-se de Jesus, mas rejeitou segui-lo quando exortado a vender tudo o que tinha. Em
contra partida, em Lc 19-1-10, encontramos a narração do encontro de Jesus com Zaqueu, que também era muito rico,
porém diferente do primeiro, abraçou a fé em Cristo e recebeu a salvação. Logo, entendemos que riqueza não é sinal de
condenação. Pois, independente da condição social, o homem é pecador e carente da graça de Deus para que possa entrar
no céu (Rm 3.23; Ef 2.8,9; Tt 2.11). Abaixo destacaremos ambos os personagens, suas características e suas atitudes ante
o Mestre:
O JOVEM RICO ZAQUEU O PUBLICANO
Era um príncipe (Lc 18.18) Era um chefe dos publicanos (Lc 19.2-a)
Era muito rico (Lc 18.23-b) Era muito rico (Lc 19.2-b)
Foi ao encontro de Jesus (Mc 10.17) Queria ver quem era Jesus (Lc 19.3)
Disse obedecer a Lei desde a sua infância (Lc 18.20,21) Era tido como um pecador e assim se achava (Lc 19.7,8)
Jesus pediu que repartisse seus bens com os pobres, porém
ele negou-se, mostrando ser avarento e sem compaixão
pelos necessitados (Lc 18.22)
Repartiu metade dos seus bens com os pobres e prometeu
restituir quadruplicado aos que tinha defraudado, agindo
com compaixão pelos pobres e com honestidade (Lc 19.8)
Saiu triste e sem salvação (Lc 18.23) Alegrou-se e recebeu a salvação (Lc 19.6,9)
IV – CONTRASTES ENTRE A RIQUEZA MATERIAL E A ESPIRITUAL
Porque devemos buscar prioritariamente as riquezas espirituais e não as materiais? A Bíblia nos responde, como
veremos a seguir:
RIQUEZA MATERIAL RIQUEZA ESPIRITUAL
Material (Pv 11.7) Espiritual (Ef 2.7; Fp 4.19)
É terrena (Mt 6.19) É celeste (Lc 12.33)
É passageira (Ec 5.10) É eterna (Jo 6.27; I Pe 1.7)
É perecível (Pv 11.7; Tg 1.11) Não é perecível (Mt 6.20)
V – QUAIS OS MALES QUE A BÍBLIA COMBATE QUANTO A RIQUEZA
A Bíblia não condena a riqueza, mas adverte veementemente quanto a práticas nocivas em relação a ela. Abaixo
destacaremos algumas:
MALES SIGNIFICADO REFERÊNCIAS
Avareza Excessivo e sórdido apego ao dinheiro Pv 15.27; Lc 12.15; Rm 1.29; Ef 5.3;
Cl 3.5; Hb 13.5
Orgulho Conceito elevado ou exagerado de si próprio; amor próprio
demasiado; soberba Dt 32.15; Pv 21.4; Jr 9.23; Dn 4.29,30
Desonestidade Falta de honestidade; torpeza; indignidade Lv 19.13; Dt 24.15; Pv 16.8;
Pv 28.20; Hc 2.9; I Co 5.10; 6.10
Egoísmo Amor excessivo ao bem próprio, sem consideração aos
interesses alheios
I Sm 25.1-11; Lc 12.16-21;
II Tm 3.4
CONCLUSÃO
A ideia de prosperidade e riqueza tanto no AT quanto no NT é ensinada como secundária em relação a aquisição
de bens espirituais que são infinitamente superiores. Portanto, não devemos nos sobrecarregar com o dinheiro que pode
nos fazer naufragar, na avareza e no materialismo, mas devemos prioritariamente buscar e acumular os valores
incomensuráveis do Reino de Deus, como nos recomenda o Senhor Jesus Cristo (Mt 6.33).

LIÇÃO 10 – JESUS E O DINHEIRO - 2° TRIMESTRE 2015(Francisco Barbosa)

INTRODUÇÃO
O cristianismo bíblico e ortodoxo sempre manteve uma posição de cautela e até mesmo reserva com respeito ao uso do dinheiro e aquisição de riquezas. Na verdade, os primeiros líderes cristãos, inspirados nos ensinos de Jesus, passaram a desestimular a aquisição de bens materiais. Entretanto, o secularismo e o materialismo sempre rondaram o arraial cristão e, vez por outra, Mamon tem deixado suas marcas em nosso meio.  Observaremos, nesta lição, que os ensinos de Jesus sobre a aquisição de riquezas se distanciam do judaísmo de seus dias e, também, daquele que é praticado hoje por muitos setores do cristianismo evangélico. Longe de estimular a aquisição de bens, como fazem dezenas de igrejas, Jesus aconselhava se desvencilhar delas.  Aprendamos com o Mestre o uso correto do dinheiro e como ser bons mordomos dos bens que nos foram confiados. [O dinheiro tem se tornado senhor de muitas pessoas. Há muita gente lutando para ter dinheiro e se desgastam tanto nesta busca que já não lhes resta tempo algum para gozar daquilo que conseguiram amealhar. O desejo de ter coisas e acumular riquezas domina a vida do homem moderno. O servo de Deus precisa reconhecer que o dinheiro é uma ferramenta que deve ser empregada em boas obras, e não nosso senhor. Uma das táticas mais eficazes do diabo é apagar o zelo do cristão com preocupações financeiras Mateus 13.22 diz: “E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera”. Jesus ensinou claramente que nós temos que escolher entre dois senhores (Mateus 6:19-34). Mas, muitas pessoas se tornam escravas do dinheiro por acumular dívidas. Os servos de Deus precisam entender bem alguns princípios que a Bíblia ensina sobre o dinheiro, para não serem enganados e escravizados por mamon. Aprendemos nas Escrituras que nunca devemos pôr nossa confiança nas riquezas (1 Timóteo 6:17-19; Provérbios 11:28; Lucas 12:15-21; 1 Timóteo 6:4-11). O dinheiro não é fonte de alegria ou contentamento (Provérbios 15:16-17; Eclesiastes 5:10-11). Apesar das doutrinas de muitas igrejas hoje que dizem que a prosperidade é evidência da fidelidade, a Bíblia ensina que nem riqueza nem pobreza, por si só, nos faz melhor servos de Deus. É bom ter o suficiente, mas não o excesso (Provérbios 30:7-9).]. Convido você a pensar maduramente sobre a fé cristã. 

I. O DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR E CRISTÃ
1. Perspectiva secular. Uma das formas mais comuns de se enxergar o dinheiro, bens e posses na cultura secular é vê-los apenas como algo de natureza puramente material. Tanto no mundo antigo quanto no contemporâneo, é possível observar que a realidade material pareceu sempre se sobrepor à espiritual. O material passa a dominar a vida das pessoas e isso inclui dinheiro, bens e posses. No Mundo Ocidental, essa forma de enxergar as coisas transformou-se em uma filosofia de vida que se recusa a enxergar outra coisa além da matéria. Por essa perspectiva, o material é superestimado enquanto o espiritual é ignorado e suplantado. Nesse contexto, quem tem posses é valorizado, e quem não as possui nada vale. O dinheiro, como valor material que garante posses, ganha o status de senhor em vez de servo.  [O dinheiro é o meio usado na troca de bens, na forma de moedas ou notas (cédulas), usado na compra de bens, serviços, força de trabalho, divisas estrangeiras ou nas demais transações financeiras, emitido e controlado pelo governo de cada país, que é o único que tem essa atribuição. É também a unidade contábil. Seu uso pode ser implícito ou explícito, livre ou por coerção. Acredita-se que a origem da palavra remete à moeda portuguesa de mesmo nome (o dinheiro). Na era pré-cristã eram cultuados muitos deuses. Mamon, contudo, não era o nome de uma divindade e sim um termo de origem hebraica que significa dinheiro, ou bens materiais. No Evangelho de Lucas, a palavra é utilizada quando afirma que não é possível servir simultaneamente a Deus e a Mamon (Lucas 16.13). Deuteronômio 8.18 “Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, porque ele é o que te dá força para adquirires riquezas; a fim de confirmar o seu pacto, que jurou a teus pais, como hoje se vê.” É possível que o dinheiro nos faça esquecer coisas mais importantes? As riquezas podem -se tornar o centro da nossa vida e tomar o lugar de Deus. A Bíblia diz em Jeremias 9.23-24 “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em entender, e em me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço benevolência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor.” O dinheiro pode dar-nos atitudes erradas sobre as coisas materiais. A Bíblia diz em Lucas 12:15 “E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui.”. É interessante esse contraste entre o que a Bíblia diz e o que o mundo pensa. Para o materialismo, o que realmente importa é o ter, o sucesso financeiro é a prioridade da vida. 1 Timóteo 6.9 “Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição.”]. 
2. Perspectiva cristã. No contexto cristão, o mesmo Deus que fez o espiritual é o mesmo que fez o material. Nos ensinos de Cristo, não há um dualismo entre matéria e espírito! Todavia, as coisas espirituais, por serem de natureza eterna, ganham primazia sobre as materiais, que são apenas temporais (Lc 10.41). Na perspectiva cristã, portanto, as dimensões material e espiritual devem coexistir. Assim como servimos a Deus com o nosso espírito, nossa dimensão espiritual, devemos também servir com o nosso corpo (1 Co 6.19,20; 1 Ts 5.23), nossa dimensão material. Dessa forma, quem se tornou participante dos valores espirituais deve também servir com seus bens materiais (Rm 15.27; Lc 8.3). Aqui, o dinheiro, como valor material, não é visto como senhor, mas apenas como um servo. [O contentamento não depende da quantidade de dinheiro ou posses materiais. A Bíblia diz em Filipenses 4.12-13 “Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” Onde investimos o nosso dinheiro, aí estará o nosso coração. A Bíblia diz em Mateus 6.21 “Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” Parece que os cristãos estão extremamente confusos se as coisas que pensamos que possuímos, o mundo natural e até nossos corpos são, em sua essência, bons ou não. E sta confusão surgiu, em boa parte, porque o pensamento cristão ocidental foi comprometido pelo conceito não-bíblico da filosofia grega: a separação entre corpo e alma e material e espiritual. Ainda que citemos ‘Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas’ (Colossenses 3:2), a verdade é que passamos a vida buscando e quase adorando coisas materiais – casas e carros bonitos, boa comida, pessoas de boa aparência, igrejas confortáveis. Os resultados são desastrosos assim para nosso mundo como para nosso relacionamento com Deus. A crença de que coisas materiais não importam nos divorcia dos constantes lembretes bíblicos de que nossas atitudes e práticas com relação a posses, pessoas, outras criaturas e a terra que habitamos estão no coração de nossa relação com Deus.]. 

PONTO CENTRAL
O dinheiro, os bens e as posses, na perspectiva de Jesus, não devem ser o significado último da vida.

SÍNTESE DO TÓPICO I
Na perspectiva secular, o dinheiro é apenas um elemento material; na cristã, as dimensões espiritual e material devem coexistir.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, antes de entrar no tópico da lição, é importante que você contextualize a passagem bíblica de Lucas 18.18-30 para os seus alunos. Por isso, disponibilizamos o comentário do teólogo French L. Arring-ton: "Sem confiança própria de criança, a entrada no Reino de Deus é bloqueada. Um exemplo é o príncipe rico (vv.18-25), que não está disposto a responder a Jesus com humildade e fé. Mateus diz que ele é jovem (Mt 19.20), e Lucas o identifica como príncipe, talvez de uma sinagoga (cf. Lc 8.41). Como os fariseus, ele confia em suas boas ações. Ele também tem riquezas, às quais está apegado.
Este príncipe presume que falta uma obra que ele não está fazendo atualmente para herdar a vida eterna. Ele reconhece Jesus como figura de autoridade e lhe pergunta: 'Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?' O jovem faz esta pergunta à maior autoridade no assunto, mas ele saúda Jesus com um simples 'bom mestre'. Sua compreensão de Jesus é rasa. Ele o considera somente como homem e não tem ideia de que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. Sua estima pelo Salvador não é mais alta do que ele teria por um professor distinto. O modo como ele se dirige a Jesus parece ser nada mais que lisonja.
[...] Como discernidor perfeito do coração humano, Ele [Jesus] percebe que o príncipe adora seus bens materiais e o lembra que ele tem de fazer mais uma coisa: 'Vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me'. Jesus pôs o dedo no pecado do coração deste homem - seu amor pelos bens materiais. Suas riquezas terrenas estão entre ele e Deus. Visto que ele não pôs Deus em primeiro lugar no coração, Jesus exige que o homem distribua o dinheiro. [...] 'Não terás outros deuses diante de mim' (Êx 20.3).
Pouco disposto a obedecer a Jesus, o jovem príncipe rico vai embora sem a vida eterna. Enquanto vai, Jesus observa o quanto é difícil os ricos entrarem no Reino de Deus (v.24). Sua tentação é confiar nas coisas terrenas. Eles acham difícil se entregar à misericórdia de Deus e escolher o Reino. Para ilustrar o quanto é difícil, Jesus insiste que não é mais fácil para o rico entrar no Reino de Deus do que para um camelo passar pelo fundo de uma agulha. Esta ilustração vívida ensina o quanto é impossível os ricos, por méritos próprios, entrarem no Reino de Deus. Falando humanamente, é impossível. Qualquer tentativa de libertar alguém de um amor demoníaco pelas coisas terrestres fracassará. 
[...] Jesus lembra à sua audiência que, embora seja impossível para uma pessoa salvar a si mesma, Deus pode. Ele pode fazer o que é impossível para os seres humanos. Ele pode redirecionar o coração do amor por bens terrenos para um amor pelo eterno, e pode operar o milagre da conversão no coração do rico e do pobre. As pessoas não podem mudar o coração; mas quando respondemos a Deus pela fé, o Espírito Santo transforma nosso coração e nos proporciona a salvação" (ARRINGTON, French L. Lucas. In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.436-37). 

II. DINHEIRO, BENS E POSSES NO JUDAÍSMO DO TEMPO DE JESUS
1. Ricos e pobres. No judaísmo do tempo de Jesus, a sociedade estava dividida em dois grupos: os ricos e os pobres. Na classe mais abastada, estavam os sacerdotes, participantes de uma elite que controlava o sistema de sacrifícios e lucravam com ele, e os herodianos que possuíam grandes propriedades. Um outro grupo era formado por membros da aristocracia judaica que enriqueceu à custa de impostos de suas propriedades e ao seu comércio. O último grupo era formado por judeus comerciantes, que, embora não possuíssem herdades, participavam ativamente da vida econômica da nação. No extremo oposto dessa situação, estavam os pobres! Estes eram "o povo da terra" (Lc 21.1-4). Não possuíam nada e ainda eram oprimidos pelos ricos (Tg 2.6). .[Sempre houve, na história da humanidade, esta divisão de classes. Naqueles dias, ainda mais. Predominava entre os judeus daqueles tempos a ideia de que as riquezas eram um sinal do favor especial de Deus, e que a pobreza era um sinal de falta de fé e do desagrado de Deus. Os fariseus, por exemplo, adotavam essa crença e escarneciam de Jesus por causa da sua pobreza (16.14). Essa ideia falsa é firmemente repelida por Cristo (ver 6.20; 16.13; 18.24,25). A Bíblia identifica a busca insaciável e avarenta pelas riquezas como idolatria, a qual é demoníaca (cf. 1Co 10.19,20; Cl 3.5). Por causa da influência demoníaca associada à riqueza, a ambição por ela e a sua busca frequentemente escravizam as pessoas (cf. Mt 6.24). Agora, note o leitor que, desde as origens da cristandade houve convertidos ricos e que esses ocuparam posição de destaque nas comunidades cristãs, sobretudo, nas comunidades gregas, como consta nas epístolas paulinas. Então fica evidente que o mau não é o dinheiro em si, mas o amor a ele. Lucas escreve seu livro à um destinatário rico! E que coragem desse evangelista! Pouco importa se Teófilo era uma pessoa de posses e estava custeando Lucas durante suas pesquisas e elaboração de seus dois livros, Lucas fala a respeito do amor ao dinheiro! O evangelho de Lucas, completado pelos Atos, é o único evangelho destinado a uma pessoa (ou grupo de pessoas). Os outros são destinados a uma comunidade ou a várias comunidades. Por que esse interesse particular de Lucas, que, de certo modo, cria um privilégio? É difícil imaginar que Lucas tenha escrito essa obra especialmente para um pobre. Trata-se de pessoa importante (ou de grupo de pessoas importantes) — humanamente falando. A obra de Lucas mostra que pessoas importantes humanamente falando, também podem ser importantes eclesialmente falando.]. 
2. Generosidade e prosperidade. Na cultura judaica nos dias de Jesus, a posse de bens materiais não era vista como um mal em si. O expositor bíblico P. H. Davids observa que os exemplos de Abraão, Salomão e Jó serviam de inspiração àqueles que almejavam a prosperidade. A ideia era que os ricos prosperavam porque sobre eles estava o favor de Deus. Dessa forma, a prosperidade passou a ser associada à piedade. Para evitar a avareza e a ganância, a tradição rabínica estimulava os ricos a serem generosos e solidários com os pobres, que era maioria na comunidade.  Evidentemente que essa concepção estimulava apenas as ações exteriores, sem levar em conta as atitudes interiores (Lc 21.4). .[As riquezas são, na perspectiva de Jesus, um obstáculo, tanto à salvação como ao discipulado (Mt 19.24; 13.22). Transmitem um falso senso de segurança (12.15ss.), enganam (Mt 13.22) e exigem total lealdade do coração (Mt 6.21). Quase sempre os ricos vivem como quem não precisa de Deus. Na sua luta para acumular riquezas, os ricos sufocam sua vida espiritual (8.14), caem em tentação e sucumbem aos desejos nocivos (1Tm 6.9), e daí abandonam a fé (1Tm 6.10). Geralmente os ricos exploram os pobres (Tg 2.5,6). O cristão não deve, pois, ter a ambição de ficar rico (1Tm 6.9-11). O amontoar egoísta de bens materiais é uma indicação de que a vida já não é considerada do ponto de vista da eternidade (Cl 3.1). O egoísta e cobiçoso já não centraliza em Deus o seu alvo e a sua realização, mas, sim, em si mesmo e nas suas possessões. O fato de a esposa de Ló pôr todo seu coração numa cidade terrena e seus prazeres, e não na cidade celestial, resultou na sua tragédia (Gn 19.16,26; Lc 17.28-33; Hb 11.8-10). Uma das atividades que Jesus avocou na sua missão dirigida pelo Espírito Santo foi “evangelizar os pobres” (4.18; cf. Is 61.1). Noutras palavras, o evangelho de Cristo pode ser definido como um evangelho dos pobres (Mt 5.3; 11.5; Lc 7.22; Tg 2.5). Os “pobres” (gr. ptochos) são os humildes e aflitos deste mundo, os quais clamam a Deus em grande necessidade, buscando socorro. Ao mesmo tempo, são fiéis a Deus e aguardam a plena redenção do povo de Deus, do pecado, sofrimento, fome e ódio, que prevalecem aqui no mundo. Sua riqueza e sua vida não consistem em coisas deste mundo (ver Sl 22.26; 72.2, 12,13; 147.6; Is 11.4; 29.19; Lc 6.20; Jo 14.3). A libertação do sofrimento, da opressão, da injustiça e da pobreza, com certeza virá aos pobres de Deus (Lc 6.21).]. 
SÍNTESE DO TÓPICO II
No judaísmo do tempo de Jesus havia dois grupos sociais, os ricos e os pobres; a ideia era de que os ricos prosperavam porque tinham o favor de Deus

 Jesus, ao contrário dos rabinos, não associou a piedade com a prosperidade. 

III. DINHEIRO, BENS E POSSES NOS ENSINOS DE JESUS 
1. Jesus alertou sobre os perigos da riqueza. O ensino de Jesus sobre o uso das riquezas foi muito mais radical do que ensinava o judaísmo e a tradição rabínica dos seus dias. Jesus, ao contrário dos rabinos, não associou a piedade com a prosperidade. A riqueza de alguém nada dizia sobre a sua real condição espiritual. Para Jesus, o perigo das riquezas estava no fato de que elas poderiam, até mesmo, se transformar numa personificação do mal e reivindicar o culto para si. Por isso, advertiu: "Não podeis servir a Deus e [as riquezas]" (Lc 16.13). O vocábulo traduzido como "riqueza", nesse texto, corresponde à palavra grega de origem aramaica Mammonas, traduzida na ARC como Mamom. A riqueza pode se transformar em um ídolo, ou deus, para aqueles que a possui.  Nesse aspecto, as riquezas tornam-se um obstáculo no caminho daquele que serve a Deus (Lc 8.14). [Para o cristão, as verdadeiras riquezas consistem na fé e no amor que se expressam na abnegação e em seguir fielmente a Jesus (1Co 13.4-7; Fp 2.3-5). Quanto à atitude correta em relação a bens e o seu usufruto, o crente tem a obrigação de ser fiel (16.11). O cristão não deve apegar-se às riquezas como um tesouro ou garantia pessoal; pelo contrário, deve abrir mão delas, colocando-as nas mãos de Deus para uso no seu reino, promoção da causa de Cristo na terra, salvação dos perdidos e atendimento de necessidades do próximo. Portanto, quem possui riquezas e bens não deve julgar-se rico em si, e sim administrador dos bens de Deus (12.31-48). Os tais devem ser generosos, prontos a ajudar o carente, e serem ricos em boas obras (Ef 4.28; 1Tm 6.17-19). Cada cristão deve examinar seu próprio coração e desejos: sou uma pessoa cobiçosa? Sou egoísta? Aflijo-me para ser rico? Tenho forte desejo de honrarias, prestígio, poder e posição, o que muitas vezes depende da posse de muita riqueza?]. 
2. Jesus ensinou a confiança em Deus. Embora Jesus tenha mostrado que as riquezas podem, até mesmo, se tornar uma personificação do mal, Ele não as demonizou. No entanto, na perspectiva lucana, Jesus desencoraja a aquisição de riquezas (Lc 12.13; 18.22) e estimula a confiança em Deus. E havia uma razão para isso. Logo após mostrar os perigos da avareza a alguém que queria fazer dEle um juiz em uma questão relacionada a uma herança, Jesus revela a seus discípulos que a melhor forma de se proteger desse mal é confiar inteiramente na provisão divina (Lc 12.13-34). As riquezas dão a falsa sensação de segurança e de independência das coisas espirituais. Daí, sua recomendação para não se confiar nelas (Lc 12.33,34). .[ O Salmo 49, salmo da "Loucura das Riquezas", por Harry E. Payne: A beleza intrínseca e a sabedoria dos Salmos são claramente apresentadas neste solene salmo didático.  Seu tema principal é que os ricos ímpios frequentemente vencem na vida, enquanto os pobres e devotos frequentemente sofrem.  E emite uma nítida advertência àqueles que confiam nas riquezas. Os versículos introdutórios (49:1-4) contêm um chamado premente a que todos os povos dêem atenção.  Depois de conseguir sua atenção, o escritor abre seu discurso parabólico com a pergunta: "Por que hei de eu temer" (49:5).  Ele não está escrevendo por causa da inveja daqueles que prosperam, ainda que alguns deles possam ser seus antagonistas ("quando me salteia a iniquidade dos que me perseguem"); nem tem ele tão pouca confiança em Deus que viva em constante terror daqueles que lhe perseguem. Ele não tem motivo para temer, ainda que seus inimigos ­ os ricos e os ambiciosos ­ temam. Por quê? Porque não há felicidade duradoura ou satisfatória para eles. A futilidade de confiar na riqueza terrestre e nas posses materiais é graficamente ressaltada nos versículos 5-12.  Riquezas terrestres não darão satisfação no dia mau.  O salmista apresenta diversas razões convincentes para isto.
1.  As riquezas não salvarão a vida de uma pessoa (49:7).  As posses materiais não nos asseguram de que não morreremos (veja Hebreus 9:27).  Nenhum homem, não importa quão rico seja, pode salvar nem mesmo o parente mais próximo ("o irmão") da morte.
2.  As riquezas não podem ser usadas como um resgate diante de Deus, "nem pagar por ele a Deus o seu resgate". Deus não pode ser subornado (pago de qualquer modo material) para salvar a vida de uma pessoa.
3.  As riquezas não salvarão a alma de uma pessoa (49:8).  Ainda que as palavras "vida" e "alma" sejam usadas de modo intercambiável na Escritura, creio que esta passagem é melhor entendida quando "alma" significa "a vida interior", ou seja, "a alma eterna". Esta só pode ser "redimida" ou "salva" pela graça do Senhor Deus. Que outro "resgate" poderia até mesmo o mais rico, mais sábio, mais cativante dos seres humanos dar por sua própria "vida" ou pela de outro?  (Veja Mateus 16:24-27.)
4.  As riquezas não evitarão que qualquer pessoa morra e deixe suas posses para outros (49:10).  Riqueza, terras, casas e todas as coisas materiais perecerão com o uso ou com as devastações do tempo, ou com a destruição final da terra e de suas obras (2 Pedro 3:10-12).
Todos estes fatos mostram a extrema vaidade da confiança de uma pessoa nas riquezas.  Todas as pessoas morrerão; quando uma pessoa morre, ela deixa todas as posses aqui na terra; e as deixará para outros, frequentemente estranhos, que por sua vez falecerão.  Entretanto, o salmista nos conta o que as pessoas que estão dispostas a serem ricas pensam: (1) Elas pensam "que as suas casas serão perpétuas", e (2) elas darão às suas terras "seu próprio nome". Há algo errado com uma pessoa dar nome a uma fazenda, uma plantação, um negócio ou qualquer outra posse física de acordo com seu próprio nome? O salmista não está condenando a legítima propriedade de terras e posses, mas antes a jactanciosa, auto-suficiente "propriedade". O salmista nos diz que mesmo a memória de um rico é fugaz!  Para uma pessoa depositar sua confiança em tais coisas é pura loucura! "Todavia, o homem não permanece em sua ostentação; é, antes, como os animais, que perecem" (49:12). O rico pode ter parecido possuir tantas vantagens e, através dos olhos humanos, pode ter sido invejado ou admirado.  Que pena que todas as honras e benefícios que ele possuía acabariam em nada. Mas acabaram! E a morte acabou com ele! Nos versículos 13-15, um contraste notável é feito entre a situação difícil do rico mundano e a daquele do homem que confia em Deus. Para o primeiro: "Como ovelhas são postos na sepultura", e "a morte é o seu pastor".  Para o último, contudo, o devoto salmista pode dizer:  "Mas Deus remirá a minha alma do poder da morte, pois ele me tomará para si." Em conclusão, o salmista lembra os fiéis de que são os assuntos extremos da vida que importam, não os prazeres momentâneos e não as fugazes posses terrestres que muitos de nós temos (em certo grau), ao longo do caminho de nossa vida aqui. O versículo 20 é uma repetição, como refrão, do versículo 12. Se um homem está em posição de honra "mas sem entendimento", ele é apenas "como os animais, que perecem". Para dizer isto com nossas próprias palavras, se ele (1) deposita confiança injustificada e imprópria nas posses terrestres; se (2) deixa de reconhecer que a abundância e as riquezas terrestres tem que abandonar um homem no final; e se (3) deixa Deus fora do quadro e não faz dele sua confiança, sua esperança, e seu sempre confiável Pai, então ele (ou ela) está agindo "como os animais que perecem".  Que nenhum de nós cometa tão grave engano!]. 

SÍNTESE DO TÓPICO III
Jesus ensinou sobre o dinheiro e alertou sobre o seu perigo. Por isso, os discípulos deviam colocar a sua confiança em Deus.

IV. DINHEIRO, BENS E POSSES NA MORDOMIA CRISTÃ
1. Avaliando a intenção do coração. Os léxicos definem a avareza como um apego demasiado e sórdido ao dinheiro e mesquinhez. Vimos que, para evitar esse mal, a tradição rabínica estimulava as práticas filantrópicas e  solidárias. O ensino de Jesus sobre o uso das riquezas vai muito além da simples doação de bens e ações filantrópicas. Ele não se limitava a avaliar apenas as ações exteriores, mas, sobretudo, voltava-se para as atitudes interiores. Dessa forma, valorizou as atitudes da mulher pecadora na casa de Simão, o leproso, e de Maria de Betânia, a irmã de Marta e de Lázaro (Lc 7.36-50). Não era, portanto, apenas se desfazer dos bens, mas a atitude e intenção com que isso era feito (Lc 11.41; 21.1-4). Não basta apenas ofertar, ou dar o dízimo, mas a atitude com que se faz essas coisas. Não era apenas doar, mas doar-se. .[ O que é Mordomia? Mordomia é o manejo responsável dos recursos do reino de Deus que foram confiados a uma pessoa ou a um grupo. (Conciso Dicionário de Teologia Cristã – Millard J. Erickson). Mordomia é Administração (Lc 16.2,RC). Mordomo, - Pessoa encarregada da administração de uma casa (oikos); administrador. (Gn 39.4-8,RA; Lc 12.42). (Dicionário da Bíblia de Almeida)-(SBB). - Despenseiro:- 1)- Pessoa encarregada da Despensa, (Cômodo em que se guardam mantimentos) - (Gn 43.16,RA); 2)- O cristão como administrador dos seus Dons (1 Pe 4.10); 3)- O obreiro como responsável por cuidar das coisas de Deus (1 Co 4.1; Tt 1.7). DBA-SBB. - Mordomia é o ofício do Mordomo. - Mordomo, (no grego oikonómos) - Administrador dos bens de uma casa ou de um estabelecimento alheio. (Pequena Enciclopédia Bíblica – O.S. Boyer). O Rev Hernandes Dias Lopes escreve sobre como administrar sabiamente: Alguém já perguntou muito apropriadamente se Paulo tomou um cafezinho entre os capítulos 15 e 16. O capítulo 15 nos leva às alturas excelsas da revelação de Deus, falando-nos sobre a ressurreição de Cristo, a segunda vinda de Cristo, a derrota final dos inimigos de Deus, a transformação dos remidos e a consumação de todas as coisas. O capítulo 16, porém, Paulo começa a falar sobre dinheiro. Ele desce do céu para a terra. Parece um anticlimax. É que nós somos cidadãos de dois mundos. Ao mesmo tempo que temos responsabilidade aqui no mundo, cremos que a nossa Pátria está no céu.
• A responsabilidade social da igreja não pode ser dissaciada da sua teologia do mundo porvir.
• Paulo fala neste capítulo sobre três aspectos da mordomia cristã: dinheiro, oportunidades e pessoas.
I. DINHEIRO – A PREOCUPAÇÃO COM OS POBRES – 16:1-4
1. O compromisso de Paulo com a ação social – v. 1-4
• Paulo não está falando aqui de dízimo nem de contribuição para os cofres da igreja, mas está falando de uma oferta para atender as pessoas pobres da igreja de Jerusalém. Não é uma campanha para aumentar o orçamento da igreja, nem para atender as despesas da igreja, mas um socorro a pessoas necessitadas de Jerusalém. O princípio de Paulo é que os cristãos devem dar para outras pessoas.
2. O problema em Jerusalém – v. 1-4
• A região da Judéia, onde estava Jerusalém tinha sofrido uma grande fome (At 11:27-28), que tinha empobrecido muitas pessoas. Além do mais, com o martírio de Estêvão, começou a perseguição aos cristãos, o que fez com que muitos crentes abandonassem a cidade.
• A igreja de Antioquia já havia enviado uma ajuda financeira para os pobres da igreja de Jerusalém (At 11:29-30).
• Oito anos antes de escrever esta carta Paulo tinha se comprometido com os apóstolos Pedro, Tiago e João, os líderes da igreja de Jerusalém, que faria algo pelos pobres (Gl 2:10). Paulo estava comprometido não apenas a pregar o evangelho, mas também a assistir os pobres. Evangelização e ação social precisam andar juntas.
• Paulo entendia que as igrejas gentílicas deviam abençoar financeiramente a igreja de Jerusalém pelos benefícios espirituais recebidos dela (Rm 15:25-27).
• Paulo escreveu 2 Coríntios, mais ou menos um ano depois de 1 Coríntios. Ele dá testemunho de que este projeto de levantamento de ofertas para a igreja pobre de Jerusalém tinha sido um sucesso (2 Co 8:2-4).
• Dois anos depois quando ele fez um apelo à igreja de Roma, ele inclui Corinto (Acaia) como um bom exemplo (Rm 15:26).
3. Os princípios básicos de dar – v. 1-4
3.1. O cristão deve dar para pessoas que não fazem parte da sua igreja – 16:1 – Seja na visão evangelística, seja na visão da ação social, a motivação básica da contribuição deve ser ajudar outros. A igreja não vive só para si mesma. Egoísmo financeiro é um sinal de mundanismo. Uma igreja missionária é uma igreja viva. Quem são os outros aqui? Os irmãos da igreja de Jerusalém. A Bíblia nos mostra as prioridades da contribuição (Gl 6:10; 1 Tm 5:8). Exemplo: O mar morto.
3.2. Divulgue as necessidades – 16:1 – A primeira orientação é que as necessidades devem ser divulgadas de maneira clara e precisa. Paulo não teve receios em contar para os coríntios que ele precisava de dinheiro, e para quê. Paulo não é apenas direto, mas também autoritário “como ordenei às igrejas da Galácia”. Dar para causas cristãs de valor é uma obrigação cristã como ir à igreja, orar ou ser fiel à esposa. Pastores que ficam sem jeito para pedir dinheiro à igreja para causa justas não estão fundamentados na verdade de que é mais bem-aventurado dar do que receber. Uma igreja que tem recursos financeiros tem também responsabilidade de ajudar os pobres.
3.3. Dar é um ato de adoração – 16:2 – Cada membro da igreja deveria vir ao culto no domingo preparado para contribuir para atender à necessidade dos santos pobres. É triste quando os crentes ofertam apenas como dever e não como um sacrifício agradável a Deus (Fp 4:18). Dar é um ato de adoração ao Salvador ressurreto.
3.4. Incentive a contribuição sistemática – 16:2 – Paulo propôs planos funcionais para que a igreja de Corinto pudesse ser mais efetiva na contribuição. “por à parte em casa” significa separar regularmente o dinheiro para a oferta. Se não formos sistemáticos na contribuição nunca vamos contribuir. Se esperarmos sobrar nunca vamos contribuir. Se fôssemos tão sistemáticos na contribuição, como somos nos nossos INVESTIMENTOS a obra de Deus prosperaria muito mais.
3.5. A contribuição deve ser proporcional – 16:2 – “conforme a sua prosperidade” mostra que ninguém está isento de contribuir. A contribuição deve ser justa. Quem gahnha mais deve dar mais. Um cristão de coração aberto não pode manter a mão fechada. A contribuição é uma graça e não um peso. Se nós apreciamos a graça de Deus a nós, teremos alegria em expressar a graça através da oferta aos outros.
3.6. A contribuição deve ser pessoal e individual – 16:2 – “cada um de vós” – Paulo esperava que cada membro da igreja participasse da oferta, os ricos bem como os pobres. Todos os crentes devem participar dessa graça de dar aos pobres.
3.7. O dinheiro deve ser lidado com honestidade – 16:3-4 – Paulo tinha um comitê financeiro para ajudá-lo (16:3-4; 2 Co 8:16-24). Muitos obreiros perdem o seu testemunho pela maneira pouco transparente como lidam com o dinheiro. Paulo recomenda as igreja escolher pessoas específicas para lidar com o dinheiro das ofertas.]. 
2. Entesourando no céu. Mordomo é alguém que administra os bens de outra pessoa. Os bens não lhe pertencem, mas ele pode usufruir deles enquanto os administra para seu legítimo dono. Jesus contou a parábola do administrador, ou mordomo infiel, para mostrar esse fato (Lc 16.1-13). O entendimento entre os intérpretes da Bíblia é que essa parábola tem um fim escatológico. Assim como os filhos deste mundo são perspicazes e astutos no que diz respeito ao uso de suas riquezas, assim também os filhos do Reino devem ser sábios na aplicação de seus bens. O ensino da parábola é que o melhor investimento é usar os recursos materiais adquiridos na propagação do Reino de Deus e, dessa forma, ganhar amigos para a vida eterna (Lc 16.9). .[Em Mateus 6:19-20 o Senhor diz: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde os ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu...”. Olha só que ensino surpreendente esse! O Senhor está dizendo que eu ou você podemos passar nossa vida trabalhando para conseguir uma das duas coisas: Um tesouro que vale muito, ou, um tesouro que não vale nada! Entretanto eu me pergunto: Como é que alguém poderia entre duas escolhas ficar com a pior? O que levaria um homem ou uma mulher sadios da mente fazer a pior escolha e dedicar sua vida inteira para consegui-la? Gastar o melhor dos seus dias em busca do pior para a sua existência? Francamente – a não ser que a pessoa tenha algum problema mental – isso parece uma coisa impossível de acontecer, pois qualquer pessoa quer o melhor para si. Mas então, qual é a razão desse ensino do Senhor? Acho que o Senhor está nos advertindo contra um poderoso inimigo: o engano. O que acontece se uma pessoa pensar que escolheu o melhor enquanto na verdade escolheu o pior? Pense em quantas pessoas já compraram um apartamento – na planta – e concluíram que estavam fazendo o negócio da sua vida. Trabalharam duramente para pagar as prestações. Economizaram. Sonharam. Pense na decepção e amargura delas quando lá na frente descobrem que tudo é uma farsa. A construtora é uma arapuca. O apartamento nunca existiu. Tanto trabalho. Tanto esforço... por uma farsa! Vidas verdadeiramente empenhadas por uma mentira. Pensando que trabalhavam por uma coisa boa, trabalhavam duro por um grande mal. Que poder incrível tem esse tal de engano!!! Usar o melhor de nós para tirar o melhor para ele! Talvez essa seja a armadilha contra a qual o Senhor quer nos advertir aqui nesse ensino. Será que sinceridade, esforço e dedicação formam um trio imbatível que nos garanta a salvação? E se, por falta de conhecimento, formos enganados? E se, enquanto acreditamos que estamos trabalhando para nossa salvação, estamos – na verdade – trabalhando para nossa perdição eterna?! Terrível!!! Sinceros, mas enganados! Fervorosos, mas enganados! Dedicados, mas enganados! Como ter certeza? Qual a fonte segura? A igreja que frequento? Pregadores que ouço? Artigos como esse? Jesus dá a resposta: “Jesus, porém, lhes respondeu: Errais, não conhecendo as Escrituras ...” (Mateus 22:29). Essa é a resposta. O conhecimento das Escrituras pode nos livrar dos enganos. É por acreditar nos sentimentos e não na verdade que somos enganados. Jacó trabalhou sete anos para ter Raquel como esposa, mas sem saber trabalhava esforçadamente a cada dia para se casar com Lia. Pensando que trabalhava para ter Raquel, sem saber trabalhava para ter Lia. Quantas pessoas fervorosas podem estar nessa situação hoje? Pensando que trabalham para a salvação (tesouros no céu), sem saber trabalham para a perdição (tesouros na terra). Dedicadas. Empenhadas. Amorosas. Evangelizadores. Tantas coisas, que não dá para acreditar que não terão o seu lugar na eternidade ao lado do Senhor. Mas, e se o maldito engano as tiver sob seu controle? E se elas estiverem na mesma situação do pobre Jacó: trabalhando por Lia enquanto pensava que era por Raquel? Em Mateus 7:21, Jesus diz muito sobre esse tipo de engano: “Nem todo que me diz Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus; mas aquele que faz a vontade do meu Pai que está nos céus”. Olha só? Não é a mesma situação? Aquelas pessoas fizeram muita coisa em nome do Senhor – é só continuar lendo Mateus que a gente vê. Mas desgraçadamente foi tudo um grande engano. Apanhadas em uma poderosa armadilha ficaram cegas. E, cegas, rumaram para longe do Senhor enquanto pensavam que estavam indo ao seu encontro. Qual é o verdadeiro tesouro então? Como achar um caminho certo e seguro para ele? Paulo responde: “A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo” (Efésios 3:8). Eis aí o mapa do verdadeiro tesouro: o evangelho da salvação. Confie sua vida a ele e seja rico em bençãos celestiais! “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Efésios 1:3).– por Pedro de Jesus Barruzi, http://www.estudosdabiblia.net/2005120.htm]. 

SÍNTESE DO TÓPICO IV
Jesus ensinou a respeito do uso correto do dinheiro, mostrando o cuidado que devemos ter com a avareza.

CONCLUSÃO
 Não há valor moral no dinheiro em si. Ter dinheiro pode ser uma coisa boa ou ruim. Isso vai depender do conjunto de valores daquele que o utiliza. Certamente, usar o dinheiro para ajudar uma obra filantrópica, ou investir na obra missionária, é uma coisa útil e louvável. Todavia, usar esse dinheiro, como advertiu Jesus, simplesmente com a atitude de querer mais posses, mais prestígio, mais autossatisfação, acaba se tornando uma coisa ruim. Leiamos com cuidado o terceiro Evangelho e descubramos o exercício da verdadeira mordomia cristã. .[O fato de ser rico não desqualifica ninguém ao reino de Deus, mas o apego, a confiança, o amor, o serviço prestado à riqueza. A riqueza não é um mau, mas o apego a ela! Estudamos anteriormente acerca das mulheres que mantinham o ministério de Jesus, mesmo Mestre precisou ser financiado para que pudesse exercer Seu ministério! O texto Áureo não fecha a porta da salvação aos ricos, mas àqueles que aplicam seu coração nestas coisas. Sobre isso, ensina Jesus: “Prestem atenção! Tenham cuidado com todo tipo de avareza porque a verdadeira vida de uma pessoa não depende das coisas que ela tem, mesmo que sejam muitas. Então Jesus contou a seguinte parábola: - As terras de um homem rico deram uma grande colheita. Então ele começou a pensar: "Eu não tenho lugar para guardar toda esta colheita. O que é que vou fazer? Ah! Já sei! - disse para si mesmo. - Vou derrubar os meus depósitos de cereais e construir outros maiores ainda. Neles guardarei todas as minhas colheitas junto com tudo o que tenho. Então direi a mim mesmo: 'Homem feliz! Você tem tudo de bom que precisa para muitos anos. Agora descanse, coma, beba e alegre-se.' " Mas Deus lhe disse: "Seu tolo! Esta noite você vai morrer; aí quem ficará com tudo o que você guardou?" Jesus concluiu: - Isso é o que acontece com aqueles que juntam riquezas para si mesmos, mas para Deus não são ricos”.]. NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB

LIÇÃO 10 – JESUS E O DINHEIRO - 2° TRIMESTRE 2015(Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa)

JESUS E O DINHEIRO
           Texto Áureo Lc. 18.24  – Leitura Bíblica  Lc. 18.28-24


Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
O dinheiro ocupa papel primordial na sociedade contemporânea, mas nem sempre os cristãos estão atentos aos seus riscos. Por isso, na aula de hoje, estudaremos a respeito do dinheiro na cosmovisão de Jesus. É preciso ter cuidado, para não adotar pressupostos humanos, pensando que esses são cristãos. Inicialmente destacaremos o papel do dinheiro no contexto do consumismo capitalista. Em seguida, nos voltaremos para a percepção bíblica do dinheiro, com base no Novo Testamento. Ao final enfatizaremos um estilo de vida genuinamente cristão, alicerçado na doutrina do contentamento.

1. O DINHEIRO NO CONTEXTO DO CONSUMISMO
O homem moderno é produto da sociedade capitalista e tecnológica que o conduz ao consumismo. Nesse contexto, o ter acabou se tornando mais importante do que o ser, de modo que as pessoas são avaliadas não pelo que são, mas pelo que têm, e, às vezes, não pelo que possuem, mas pelo que aparentam que possuem. A propaganda é o meio que divulga os ideais consumistas, as pessoas são incitadas, a todo instante, a adquirem mercadorias que não precisam para satisfazerem não a si próprias, mas às exigências dos outros. Como resultando dessa lógica, muitos estão entrando pelo caminho do endividamento, indo além das suas capacidades de pagamento. O meio ambiente também está padecendo, tendo em vista que o mercado está disponibilizando cada vez mais produtos descartáveis, os quais, quando não são reciclados, demandam maior necessidade de matéria-prima, e, por sua vez, comprometem a saúde do planeta. A lógica consumista está moldando as atitudes do homem moderno de tal modo que o ser humano finda sendo reduzido à quantidade de quinquilharias que consegue acumular. A ética capitalista, conforme demonstrou Max Weber, tem fundo religioso, e mais especificamente, protestante. Ao invés de investirem no Reino de Deus, e mais especificamente, nos outros, os fiéis transformam o acúmulo em um fim em si mesmo, em alguns casos, como vemos nos dias atuais, sacramentalizam a riqueza e transformam a ostentação em benção divina. A Teologia da Ganância impera de tal modo em algumas igrejas que seus fiéis não buscam mais estar em conformidade com a vontade de Deus, mas a acumularem um patrimônio a respeito do qual possam se gloriar.

2. A VISÃO CRISTÃ EM RELAÇÃO AO DINHEIRO
O apóstolo Paulo alerta que aqueles que desejam obter riqueza caem em “muitos desejos descontrolados e nocivos” (I Tm. 6.9,10). Conforme destacou o Senhor Jesus, ser rico pode se tornar um empecilho para segui-LO, tendo em vista que é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha que um rico entrar no Reino de Deus, o que espantou Seus discípulos, os quais, ao que tudo indica, pensavam de acordo com a teologia da benção material (Mt. 19.24,25). Os pobres, ao contrário do que acreditavam Seus discípulos, e os adeptos da famigerada Teologia da Ganância, são objeto do interesse divino (Mt. 5.1-12). Enquanto muitos buscam confiança nas riquezas, e tantos outros, fazem tudo para tê-las, utilizando até de meios escusos, Jesus chama a atenção para o “engano das riquezas” (Mt. 13.22). Aqueles que supervalorizam o dinheiro deveriam ler mais os evangelhos, pois Jesus é categórico ao reprovar o acúmulo de tesouros na terra (Mt. 6.19-21). O interesse do Senhor é que acumulemos tesouros no céu (Mt. 6.10), e que coloquemos em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça (Mt. 6.33). Os adeptos da teologia da ganância buscam aproximação com os ricos, justamente o contrário de Jesus que se aproximava dos pobres (Lc. 1.51-53; 14.12-14). Até mesmo a corrupção tem sido naturalizada em determinados arraiais, contrariando o ensinamento de Jesus, especialmente no que tange à coisa pública (Lc. 3.11-14). Zaqueu é um exemplo de alguém que lidava indevidamente com os bens públicos, mas que ao ouvir o evangelho de Jesus, decidiu mudar seu modo de vida (Lc. 19.8,9). A riqueza é perigosa porque o seu poder está relacionado a uma divindade, Mamom, que é rival de Deus (Mt. 16.33), aqueles que adoram a esse deus são chamados por Jesus de insensatos (Lc. 12.16-21). As palavras de Paulo, ao jovem pastor Timóteo, servem de alerta a todos os cristãos, em especial à liderança: “os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição” (I Tm. 6.9), por isso, o líder da igreja não deve ser “apegado ao dinheiro” (I Tm. 3.3) e os diáconos não podem ser amigos de “lucros desonestos” (I Tm. 3.8).

3. O DINHEIRO E O CONTENTAMENTO
A vida cristã não é orientada pelas circunstâncias, tendo em vista que somos desafiados, a todo o momento, a vivermos acima delas. Paulo nos ensina a viver contentes, a não nos deixarmos solapar pelas vicissitudes existenciais, a cultivar o contentamento. Mas esse não é algo que se consegue do dia para a noite, é resultado do fruto do Espírito (Gl. 5.22), uma alegria que não se deixa abalar mesmo quando tudo conspira contra nós. Diz o Apóstolo: “Não digo isto por causa de necessidade, porque já aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me encontre” (Fp. 4.11). O contentamento é resultado do aprendizado, e muitas vezes, com provas difíceis, e certamente, com notas baixas. Às vezes, é preciso perder bastante para aprender que é “grande fonte de lucro a piedade com o contentamento” (I Tm. 6.6). A palavra contentamento em grego é autarkes e diz respeito à suficiência, a convicção de ter o que é preciso, a certeza de que o Senhor é o nosso Pastor e que não sentiremos falta de coisa alguma (Sl. 23.1). A certeza de que Deus providencia o que necessitamos, uma satisfação por ter as carências básicas supridas pelo Senhor (I Tm. 6.8; Hb. 13.5). A declaração de Paulo “tudo posso” precisa ser compreendia nesse contexto, não como um amuleto, uma palavra mágica que pode ser utilizada para fazer coisas que estão além da vontade soberana de Deus. O Apóstolo sabia estar diante de Deus em toda e qualquer situação, tal como José que no Egito, na fartura ou necessidade, manteve sua confiança no Senhor (Gn. 45.5; 50.20). Algumas pessoas não sabem passar por necessidades, outras não conseguem lidar com a fartura, mas o cristão maduro, independentemente das circunstâncias, vive para Deus.

CONCLUSÃO
Tiago admoesta aos ricos para que lamentem pelo julgamento que sobrevirá sobre eles por utilizarem irresponsavelmente suas riquezas, para oprimir ao pobre e necessitado (Tg. 5.4-6). Para o mundo, ter dinheiro é sinal de status, e muitos vivem ostentando riqueza enquanto outros padecem necessidade. A igreja do Senhor precisa agir de modo diferenciado, não pode se esquecer dos pobres (Gl. 2.10), e deve estar ciente que a maior riqueza é espiritual. A igreja de Esmirna, que era pobre aos olhos do mundo, foi considerada rica por Jesus (Ap. 2.9). A piedade, e não a riqueza material, é a maior fonte de lucro para a igreja do Senhor (I Tm. 6.5).

LIÇÃO 09 – AS LIMITAÇÕES DOS DISCÍPULOS - 2° TRIMESTRE 2015(EBD Tube)

O Quê? DA LIÇÃO 09 - DEUS USA OS FALHOS - 2° TRIMESTRE 2015(EBD Tube)

LIÇÃO 09 – AS LIMITAÇÕES DOS DISCÍPULOS - 2° TRIMESTRE 2015(Francisco Barbosa)

INTRODUÇÃO
Os discípulos de Cristo demonstraram, em certos momentos da vida, exclusivismo, egoísmo, imaturidade, bairrismo, etc. Eles erraram quando se esperava que acertassem (Lc 9.40,41). Jesus censurou tais comportamentos e corrigiu o grupo, mas não abandonou os discípulos. 
Nesta lição, veremos como, em diferentes circunstâncias, os discípulos agiram de forma oposta àquilo que o Senhor lhes havia ensinado e como Jesus os conduziu à maneira certa de agir. Esses fatos demonstram que os seguidores de Cristo não eram super-homens, mas, sim, seres humanos que viviam suas limitações e, como tal, dependiam de Deus para superá-las. Esses exemplos servem para nos orientar em nossa jornada de fé a fim de que possamos cultivar as verdadeiras virtudes cristãs. [Estamos analisando o terceiro evangelho, no entanto, em Mateus 10.1, encontramos o relato onde Jesus dá autoridade àqueles que ele havia chamado para ser seus discípulos. Com base no título desta lição, que tipo de autoridade era esta e para que servia? Neste mesmo capítulo, nos versículos 24-25, Jesus afirma que “o discípulo não está acima do seu mestre” e que “basta ao discípulo ser como o seu mestre”. Aos discípulos bastava serem iguais a Jesus! (1Co 11.1; Gl 4.19). Segundo João 8.31, um discípulo é alguém que permanece na palavra do seu Mestre Jesus, tem amor aos outros discípulos (Jo 13.35) e dá muito fruto (Jo 15.8), até chegar à maturidade, à plenitude de Cristo (Ef 4.13). Como e em que grau a jornada daqueles discípulos foi marcada por estas características? E a nossa? Por que os discípulos não puderam expulsar o espírito mudo? Qual era a sua limitação? Qual tem sido a nossa limitação?]. Vamos pensar maduramente sobre a fé cristã?

I - LIDANDO COM A DÚVIDA
1. A oração e a fé. Logo após acalmar a tempestade no mar da Galileia, Jesus perguntou aos seus discípulos: "Onde está a vossa fé?" (Lc 8.25). Essa não foi a única vez que o Senhor censurou os discípulos por não demonstrarem a fé necessária em Deus. Quando viu a inoperância dos discípulos frente a um menino endemoninhado, Ele disse: "Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei ainda convosco e vos sofrerei?" (Lc 9.41). Há algo em comum nestas passagens bíblicas - elas se relacionam com a vida devocional dos discípulos. A timidez mostrada durante a travessia do mar (Lc 8.25) e a falta de autoridade para expelir o demônio do garoto eram frutos de uma vida devocional pobre. Pouca oração, pouco poder! Nenhuma oração, nenhum poder! As passagens paralelas de Mateus e Marcos demonstram tal princípio (Mt 8.23-27; 17.14-20; Mc 4.35-41; 9.14-29). [Este mesmo acontecimento tem paralelo em Marco 9.14-29. Nesta perícope, Jesus afirma ao pai daquele jovem: “Se tu podes crer...” A questão pode ser compreendida como “Foi por isso que você disse?” A exclamação de Jesus capta as palavras duvidosas desse pai. A questão que decide o assunto não é poder de Jesus, mas a fé do homem! A declaração de Jesus em relação à fé não nos concede a liberdade de presumir a respeito da bondade de Deus ao pedir irresponsavelmente coisas egoístas. Nosso desejo deve estar de acordo com a vontade de Deus (1Jo 5.14,15). A fé daquele pai havia estremecido e ele estava consciente dessa imperfeição. Portanto, ele pede a Jesus para afastar toda a dúvida e conceder-lhe a fé inquestionável! Oramos pedindo que a nossa fé seja aumentada? Seja inquestionável?].

2. A Palavra de Deus e a fé. Se a falta de oração traz incredulidade, por outro lado, a falta de conhecimento da Palavra de Deus produz efeito semelhante. É isso o que mostra a história dos dois discípulos no caminho de Emaús (Lc 24.13-35). No mesmo dia em que ressuscitou, o Senhor apareceu a dois deles quando se dirigiam para a aldeia de Emaús, cerca de 12 quilômetros de Jerusalém. Depois de dialogar com eles, Jesus percebeu o quanto eram  incrédulos. O Mestre reprovou a incredulidade dos discípulos e os chamou de néscios, isto é, desprovidos de conhecimento ou discernimento (Lc 24.25).  Atualmente,  também, muitos  que se dizem discípulos, estão sem conhecimento, discernimento e fé no mover de Deus. Que o Senhor Jesus encha os nossos corações de fé para que possamos viver e pregar a sua Palavra. [Os fatos narrados em Lucas 9, a partir do versículo 37, vêm logo depois de “Reunindo os doze, deu-lhes poder (dunamis) e autoridade (exousia) sobre todos os demônios e para curarem enfermidades” de Lc 9.1! Repare que os discípulos não foram bem sucedidos, nessa delegação de poder e autoridade: "E roguei aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam". "E Jesus, respondendo disse: Ó geração INCRÉDULA E PERVERSA"! (...) Jesus nos mostra no verso 41, que a nossa autoridade deve ser baseada em duas coisas de suma importância: com relação à incredulidade temos a , com relação a perversidade, devemos andar em SANTIDADE. A mensagem central desse episódio que é contado pelos 3 evangelhos sinóticos: Mateus 17,14-20; Marcos 9,14-29 e Lucas 9,37-43, é a questão da fé. Isso é evidente em Mateus, quando os discípulos perguntam por que não puderam expulsar aquele demônio. Jesus, nesse momento, responde: Por causa da fraqueza da vossa fé, pois em verdade vos digo: se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta montanha: transporta-te daqui para lá, e ela se transportará, e nada vos será impossível" (Mateus 17,20).].

PONTO CENTRAL
Como seres humanos, somos limitados e imperfeitos. Entretanto, uma vez seguindo a Jesus, podemos ter fé.
SÍNTESE DO TÓPICO I
A intensidade da vida de oração mostra a qualidade de uma vida devocional. Enquanto que a Palavra de Deus produz fé viva

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Alguns fatos marcam o capítulo 9 de Lucas. (1) A falta de poder dos discípulos para expulsar o demônio; (2) a falta de capacidade dos discípulos em compreender o caminho do calvário de Jesus Cristo; (3) o orgulho dos discípulos; (4) a intolerância dos discípulos em relação a outros que não andavam com eles. Portanto, sugerimos, para o domínio desses quatro episódios citados e desenvolvidos ao longo da lição, a leitura e o estudo dos respectivos versículos do capítulo 9: vv.37-43; vv.44,45; vv.46-48; vv.49,50.

CONHEÇA MAIS
*Os setenta
"Outro grupo notável eram os setenta que Jesus enviou para preparar o terreno para Ele nas cidades que visitaria em seu caminho para Jerusalém (Lc 10.1). Se os doze discípulos espelham as doze tribos de Israel, então talvez esses setenta espelhem os anciãos que Moisés designou para assisti-lo na liderança da nação de Israel (Nm 11.16,24,25)." Leia mais em Guia Cristã da Bíblia, CPAD, p. 70.

II - LIDANDO COM A PRIMAZIA E O EXCLUSIVISMO 
1. Evitando a primazia. Lucas registra que "suscitou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, vendo o pensamento do coração deles, tomou uma criança, pô-la junto a si" (Lc 9.46,47). Os discípulos precisavam de uma lição a respeito de humildade. O exemplo de Jesus ao tomar uma criança, foi excelente e, com certeza, eles puderam ver o quanto eram egoístas e ambiciosos.  O adjetivo comparativo meizon, traduzido como "maior", nesse texto, mantém o sentido de "mais forte que". A ideia aqui é de primazia! Quem é o primeiro? Quem é o mais forte? Quem é o mais apto?  Pensamentos assim não refletem a mente de Cristo, mas uma mente mundana e secularizada. Infelizmente, muitos problemas nas igrejas são causados por leigos e clérigos que querem exercer a primazia. Em Cristo Jesus, todos são iguais. Não somos superiores ou inferiores a ninguém. [Os discípulos de Jesus tinham dificuldades em conviver com o sucesso, imaginário no caso, do outro. A disputa deles tem a ver com a incapacidade de se respeitar o outro e em se admirar o outro e de se entender que cada um tem um lugar no Reino de Deus, em função de suas habilidades e em função da necessidade do Reino. Os samaritanos odiavam os judeus porque estes cultuavam em Jerusalém; eles detestavam o sectarismo judeu. Por esta razão, não cooperaram, como mandava a hospitalidade, com os discípulos de Jesus que recolhiam donativos para a viagem. A sua intolerância os cegou para ver o Messias. Os judeus odiavam os samaritanos porque eles, no passado, tinham se envolvido em casamentos mistos (com não judeus) e agora não podiam ser aceitos na comunidade dos filhos de Abraão. Os discípulos se tornaram escravos deste mesmo sentimento. A sua intolerância os levou a agir contra suas próprias convicções espirituais. Eles eram crentes, o que prova que mesmo os mais crentes, como Pedro, Tiago e João, os mais íntimos de Jesus, podem se tornar intolerantes, violentamente intolerantes. O caminho para o reino dos céus se dá mediante a simples confiança e dependência de uma criança, e o caminho para a grandeza acontece através da humildade de uma criança expressa pelo serviço modesto].
2. Evitando o exclusivismo.  Jesus também combateu o exclusivismo que se revela através da mentalidade de um grupo fechado (Lc 9.49,50). A razão dada pelos apóstolos para barrarem a ação daquele homem foi que ele não fazia parte do grupo. Jesus mostra que o fato de expulsar os demônios pela autoridade do seu nome e partilhar das mesmas convicções dos apóstolos credenciava aquele homem a exercer o seu ministério. Embora não fizesse parte do grupo dos Doze, partilhava da mesma fé. Não se trata, portanto, de validar crenças e práticas sectárias ou heréticas, mas sim de não permitir que o exclusivismo religioso nos cegue de tal forma que só venhamos a enxergar o nosso grupo.  [João, discípulo de Cristo, em uma de suas andanças encontrou um homem que expelia demônios usando o nome de Jesus. Este homem não era um dos seguidores de Jesus no mesmo sentido que eram os apóstolos e outros comissionados para aquele trabalho (Lucas 9.1-2; 10.1-12). João, talvez inspirado por um espírito de partidarismo como o de Josué (Números 11.16-30), proibiu o homem de continuar sua obra. Talvez, por causa do ensino sobre receber alguém em nome de Jesus, ele lembrasse do homem que, aos seus olhos, estava usando este nome sem merecê-lo e portanto não devia ser acolhido. Ele pede o parecer de Jesus sobre sua ação (Marcos 9.33-38; Lucas 9.46-49). Ironicamente João estava agindo como os escribas que anteriormente se opuseram a Jesus apesar da evidência da ação do Espírito Santo na realização de exorcismos (Marcos 3.22). Agora ele se opunha a um homem que tinha evidência de ter fé em Jesus e que estava fazendo o que alguns apóstolos não tinham conseguido um pouco antes (Marcos 9.18,28). O Mestre ensinou que o comportamento de João, que representava o dos doze, era errado (Marcos 9.39-40). "Quem não é contra nós, é por nós" diz Jesus. Se aquele exorcista usava o nome de Jesus, deveria ter sido considerado como amigo por João e não como inimigo ou concorrente. Os discípulos de Cristo não precisam tomar "posições" com respeito aos homens; os homens é que precisam tomar uma posição com respeito a Jesus. O sentimento de rivalidade e de competição não é compatível com o caráter de servo que Jesus ensinou aos seus seguidores. Ser seguidor de Jesus é aprender a reconhecer que nem tudo tem de ser feito a nosso modo. Se o exorcista estava a favor de Jesus, deveria ser incentivado e não criticado; deveria, se necessário, ser instruído com maior exatidão sobre o caminho do Senhor (Atos 18.24-19-7). Ele não era como os sete filhos de Ceva (Atos 19.13-16), mas parecia ser alguém com uma boa atitude espiritual. Este texto tem sido usado para ensinar que não importa a doutrina que alguém prega, desde que fale de Jesus: uma espécie de relativismo espiritual, onde um espírito meio ecumênico e meio eclético é transportado ao texto bíblico. Dizem: "Não importa se ele está pregando certo ou errado, mas se está falando de Jesus, devemos considerá-lo como irmão". Este modo de pensar é incentivado pelas Bíblias onde este texto recebe o título: "Jesus ensina tolerância e caridade". O texto não ensina nada disto! Ensina que devemos saber reconhecer apoio a Cristo e fé nele, mesmo quando a pessoa não é claramente identificada com Jesus. É um texto que manda abrir os olhos para ver o apoio à causa de Cristo e não um texto que manda fechá-los ao desvio da verdade. Nada podia ser declarado sobre a salvação deste exorcista (Mateus 7.21-23), nem ainda sobre todos os seus motivos interiores (Filipenses 1.15-18). De qualquer forma, ele não era neutro em relação a Jesus, mas estava do lado dele, pois "quem não está contra, está a favor" e vai evidenciar este fato com atos de verdadeira fé (Marcos 9.41).].

SÍNTESE DO TÓPICO II
Jesus rechaçou a ideia de primazia e de exclusivismo para aqueles que professam a fé cristã.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Um argumento irrompe entre eles [os discípulos] sobre quem é o mais importante. Jesus tinha acabado de predizer seu sofrimento e morte sacrificais. As aspirações mundanas dos discípulos por posição e prestígio exprimem que eles não compreenderam seu ensino sobre a abnegação e a humildade. Aspirando por elevadas posições, eles caem na armadilha do orgulho e do ciúme" (ARRINGTON, French L. Lucas. In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.379). Tal comentário, inspira-nos a perguntar: "Abraçamos a causa do Evangelho por amor ou por vantagens e prestígios?"; "Será que um verdadeiro discípulo de Cristo pode se livrar facilmente de uma vida de renúncia e de sofrimento por Ele?"; "Para quem serve o Evangelho?"; são as perguntas obrigatórias a serem feitas nos dias de hoje.

III - LIDANDO COM A AVAREZA
1. Valores invertidos. No relato de Lucas, Jesus acabara de incentivar seus discípulos a dependerem do Espírito Santo (Lc 12.12) quando um homem que estava no meio da multidão falou: "Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança" (Lc 12.13). Essa solicitação estava na contramão dos ensinos de Cristo e por isso recebeu a censura dEle: "Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?" (Lc 12.14). Enquanto Jesus ensinava a se evitar uma atitude legalista e materialista, esse homem age de forma diametralmente oposta àquilo que fora ensinado. Ele estava preocupado com a herança! Como muitos fazem hoje, não estava preocupado em seguir os ensinos de Cristo, mas usá-lo como trampolim para alcançar seus objetivos - a satisfação material. [Quando o homem pediu a Jesus que arbitrasse a disputa da herança, ele se recusou, fazendo a pergunta: “Homem, quem me constituiu juiz ou partidor entre vós?” (Lucas 12:14). Ele estava simplesmente dizendo que não era seu propósito acertar querelas de propriedade. É certo que o homem tinha entendido mal a meta da missão de Jesus. O Senhor poderia ter deixado isso assim, mas não o fez. Jesus acrescentou uma advertência: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (Lucas 12:15). Que declaração forte! “Tende cuidado” ‒ mas o Senhor não ficou numa única declaração de perigo; ele acrescentou outra ‒ “guardai-vos”. E qual era o perigo contra o qual ele estava advertindo tão duramente? Avareza. Ela é o assunto de muitas advertências bíblicas (Marcos 7:22; Romanos 1:29; I Coríntios 5:10-11; 6:9-11; Efésios 5:3, 5; Colossenses 3:5; I Timóteo 6:10; II Pedro 2:14). Um pecado sobre o qual as Escrituras advertem tão frequentemente tem que ser muito espalhado. Será que somos cegos a este erro em nossas próprias vidas? A avareza é um desejo desordenado por coisas. Vemos e queremos. Coisas materiais tornam-se mais importantes para nós do que o Senhor, motivo pelo qual a avareza é chamada idolatria (Efésios 5:5; Colossenses 3:5). Daí a cobiça leva a outros pecados. A vida consiste de bem mais do que obter e possuir simplesmente coisas. Ao invés disso, Deus quer que nós desfrutemos uma vida plena, completa e equilibrada, e Ele fez provisões através de sua Palavra para que nós nos realizássemos dessa forma. Ele prometeu suprir todas as nossas necessidades (Fp 4.19) e prometeu satisfazer os desejos de nosso coração (Sl 37.4). Mas Ele também quer que tenhamos nossas prioridades claras: “Buscai primeiro o Reino de Deus”. Desse modo – com todas suas promessas e prioridades aplicadas equilibradamente em sua vida – “e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (mt 6.33)].
2. Evitando a ansiedade. Logo a seguir, Jesus profere um dos mais belos ensinamentos sobre como deve ser a vida de um verdadeiro discípulo (Lc 12.22-34). Jesus ensina a respeito das preocupações da vida. Como discípulos de Cristo não podemos viver ansiosos pelas coisas desta vida. Precisamos aprender a confiar em Deus, nosso provedor.  As palavras de Jesus também revelam duas maneiras de se enxergar o mundo - mostra como "os gentios do mundo" (Lc 12.30) entendem a realidade à sua volta e como os seus discípulos deveriam agir diante das mesmas circunstâncias. São duas cosmovisões totalmente diferentes e opostas entre si. Enquanto uma interpreta a realidade da vida tomando por base os valores meramente materiais, a outra a vê a partir de valores absolutos e espirituais. [Compramos coisas que não podemos pagar. Logo, devemos tanto dinheiro que não podemos pagar nossas dívidas. Provérbios 22:7 adverte que quem pede emprestado se torna um escravo do emprestador. O crédito fácil é um tirano. Como o peixe que abocanha a isca do anzol, somos atraídos por coisas materiais e pela nossa obsessão de tê-las agora mesmo. Não podemos pagá-las, mas não importa. Apenas cinco pagamentos facilitados, ou um cartão de plástico. Mas a satisfação instantânea tem seu preço, e é alto. A raiz do problema: a avareza ‒ queremos o que queremos, e faremos coisas erradas para conseguir. Permitimos que nosso emprego interfira com o serviço a Deus. Tornamo-nos tão devotados à nossa carreira e a GANHAR MAIS e mais dinheiro que não temos tempo para ensinar, estudar, orar ou adorar. Deus nos manda trabalhar (2 Tessalonicenses 3:10), mas ele não quer que façamos de nosso trabalho um ídolo. Ele não quer que esposas negligenciem sua responsabilidade principal de dirigir o lar (Tito 2:5; I Timóteo 5:14) para se devotarem a uma carreira. A raiz do problema: avareza ‒ queremos o que queremos ‒ e faremos um deus de nosso trabalho para conseguir. Murmuramos e nos queixamos a respeito do que não temos. “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as cousas que tendes” (Hebreus 13:5). É fácil olhar em volta e ver nossos vizinhos e colegas com mais do que temos e então sentir-se privado. Sentimos que ficaríamos contentes se tivéssemos apenas mais uma quinquilharia, mas quando a conseguirmos, logo desejaremos mais alguma coisa. O problema é nossa atitude, não nossa posição financeira. “Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda” (Eclesiastes 5:10). Se não estamos contentes com o que temos agora, não ficaremos contentes com coisa nenhuma. A raiz do problema: avareza ‒ queremos o que queremos ‒ e nos sentimos despojados se não conseguimos. Jesus simplesmente disse: “... a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (Lucas 12:15). Coisas materiais não são tudo o que a vida é. Nada realmente valioso, desejável ou duradouro pode ser comprado. O Senhor poderia ter parado aqui, porém não o fez. Jesus e uma Disputa de Herança:  Jesus e uma Disputa de Herança: O Perigo da Avareza (Lucas 12:13-34) http://www.estudosdabiblia.net/d52.htm].

SÍNTESE DO TÓPICO III
Não podemos inverter os valores da vida, pois viver ansiosamente, de modo materialista, vai na contramão de uma vida forjada no Evangelho

IV - LIDANDO COM O RESSENTIMENTO (Lc 17.3,4)
1. A necessidade do perdão. Jesus sabia quão maléficos são a falta de perdão e o ressentimento. De fato, a Bíblia mostra que a raiz de amargura é um mal que deve ser evitado a qualquer custo (Ef 4.31). A falta de perdão é vista como uma raiz que produz brotos extremamente maléficos (Hb 12.15). No terceiro Evangelho, Jesus nos ensina que a forma correta de se manter livre desse veneno é possuir uma atitude pronta a perdoar. "Olhai por vós mesmos. E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; e, se ele se arrepender, perdoa-lhe; e, se pecar contra ti sete vezes no dia e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me, perdoa-lhe" (Lc 17.3,4). [No sermão do (Mt 6.14, 15), Jesus durante sua ministração, deu uma grande ênfase sobre a importância da necessidade de perdoar. Entre todos os pontos destacados por Jesus na oração dominical, sem dúvida alguma, a necessidade de perdoar é o que teve mais relevância, pois este tipo de preocupação se encontrava indispensável em seu discurso. A Bíblia diz: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” (Mt 5. 23-24). “Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só” (Mt 18. 15). “Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo... não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo” (Ef 4.25-27). “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai a vós” (Cl 3. 13). Em outras palavras... Deus está dizendo: Não aceito o culto de um coração magoado; Trate logo a ferida; Não espalhe o veneno da amargura; Vá à pessoa que te magoou, Perdoe... Perdoe... Perdoe...O Rev Hernandes Dias Lopes, escreve: “O perdão é o melhor remédio para a saúde emocional. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente, a alforria do coração, a cura das emoções. Perdoar é lembrar sem sentir dor. Perdoar é zerar a conta e não cobrar mais a dívida. O perdão é ato de misericórdia e manifestação da graça. O perdão é absolutamente necessário. E isso, por várias razões: 1. O perdão é necessário porque temos queixa uns dos outros. Nós não somos perfeitos, não viemos de uma família perfeita, não temos um casamento perfeito, não temos filhos perfeitos nem frequentamos uma igreja perfeita. Consequentemente, nós temos queixas uns dos outros. Na verdade, nós decepcionamos as pessoas e as pessoas nos decepcionam. Nossas fraquezas transpiram em nossas palavras e atitudes. Sem o exercício do perdão ficamos entupidos de mágoas e a mágoa gera raiz de amargura no coração. Não somente isso, a amargura perturba a pessoa que a alimenta e contamina as pessoas ao redor.  2. O perdão é necessário porque fomos perdoados por Deus. Quem é receptáculo do perdão precisa transformar-se em canal do perdão. Aqueles que retêm o perdão ao próximo fecham-se para receber o perdão de Deus. Não existe uma pessoa salva que não tenha sido perdoada. Na verdade, no céu só entrarão os perdoados. Logo, é impossível ser um cristão sem exercitar o perdão. Devemos perdoar assim como fomos perdoados. Como Deus nos perdoou devemos nós também perdoar uns aos outros. Quando compreendemos a enormidade do perdão recebido por Deus, não temos mais motivos para sonegar perdão ao próximo. Nossa dívida com Deus era impagável e Deus no-la perdoou completamente. Não fomos perdoados por mérito, mas por graça. Perdão não é reinvindicação de direito, mas o clamor solícito da misericórdia.  3. O perdão é necessário porque por meio dele restauramos relacionamentos feridos. A Bíblia não oculta o perigo devastador da mágoa dentro da família e da igreja. Exemplos como Caim e Abel, José e seus irmãos, Absalão e Amnon retratam essa amarga realidade. Há pessoas feridas dentro do lar e também na assembleia dos santos. Há pessoas doentes e perturbadas emocionalmente porque um dia foram injustiçadas por palavras impiedosas e atitudes truculentas. Há pessoas prisioneiras de traumas e abusos sofridos na infância. Há indivíduos que não conseguem avançar vitoriosamente rumo ao futuro porque nunca se desvencilharam das amarras do passado. O perdão destampa esse poço infecto. Espreme o pus da ferida. Cirurgia os abcessos da alma. Promove uma assepsia da mente e proclama a libertação das grossas correntes do ressentimento. O perdão constrói pontes no lugar que a mágoa cavou abismos. O perdão passa o óleo terapêutico da cura, onde o ódio abriu feridas. O perdão promove reconciliação onde a indiferença quebrou relacionamentos. O perdão expressa o triunfo da graça, onde o ódio mostrou a carranca do desprezo. 4. O perdão é necessário para experimentarmos plena felicidade. Uma pessoa que nutre mágoa no coração não é feliz. O ressentimento é autofagia, é autodestruição. Guardar mágoa é a mesma coisa que o indivíduo beber um copo de veneno pensando que o outro é quem vai morrer. Nenhum calmante químico pode aquietar uma alma desassossegada pela mágoa. Nenhum prazer deste mundo pode aliviar a dor de um coração ferido pelo ódio. A mágoa produz muitas doenças. Quem não perdoa adoece física, emocional e espiritualmente. Mas, o perdão traz cura completa para o corpo e felicidade plena para a alma”. http://hernandesdiaslopes.com.br/2012/07/perdao-a-cura-para-os-relacionamentos-feridos/#.VWOOIdK4TIU].
2. Perdão, uma via de mão dupla. Jesus também mostrou que o perdão é uma via de mão dupla (Lc 6.37). Quando ensinou sobre o perdão na oração do Pai Nosso, Jesus foi categórico em dizer que quem não perdoa também não será perdoado: "Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas" (Mt 6.15). Não há dúvidas de que há muitos cristãos com doenças psicossomáticas simplesmente porque não conseguem perdoar. Guardam ressentimentos na alma como quem guarda dinheiro em banco! James Dobson, famoso psicólogo cristão, disse que daria alta a oitenta por cento de seus pacientes se eles conseguissem perdoar ou se sentissem perdoados! [Ainda o Rev Hernandes Dias Lopes: “A Bíblia diz que Deus perdoa os nossos pecados e deles não mais se lembra. Diz ainda, que devemos perdoar assim como Deus em Cristo nos perdoou. O que significa perdoar e não mais se lembrar? Significa, porventura, amnésia? Absolutamente não! Deus não tem amnésia. Deus sabe tudo e jamais fato algum é apagado da sua memória. Mas, então, o que a Bíblia quer dizer que Deus perdoa e esquece? Significa que Deus nunca mais cobra outra vez aquilo que ele perdoou. Deus nunca mais lança em nosso rosto aquilo que confessamos e abandonamos. Assim, também, quando a Bíblia diz que devemos perdoar como Deus e esquecer, não significa que os fatos que nos machucaram serão apagados da nossa memória. Isso é impossível e nem mesmo depende de nós. As coisas vêm à nossa memória querendo nós ou não. Perdoar e esquecer significa lembrar sem sentir dor; significa nunca mais cobrar da pessoa perdoada a mesma dívida. O perdão é uma necessidade fundamental da vida. É impossível ter uma vida saudável emocional, física e espiritualmente sem o exercício do perdão. Quem não  perdoa não pode orar. Quem não perdoa não pode trazer sua oferta ao altar. Quem não perdoa não pode ser perdoado. Quem não perdoa adoece fisicamente. Quem não perdoa é entregue aos verdugos e flageladores da consciência. O perdão é até  mesmo uma questão de bom senso. Quando guardamos mágoa de alguém, acabamos  nos tornando prisioneiros dessa pessoa. Ela nos escraviza e nos mantém em cativeiro. Quando nutrimos mágoa de alguém, esse alguém nos perturba continuamente. Se vamos nos assentar para tomar uma refeição, essa pessoa tira o nosso apetite. Se vamos sair de férias, essa pessoa pega carona conosco. Perdoar é a única maneira de quebrar essas correntes e ficarmos livres. O perdão deve ser ilimitado. Jesus nos ensina a perdoar até setenta vezes sete. Essa cifra não é literal. Ela aponta setenta vezes o número sete, o número da perfeição. O perdão é ilimitado, pois é dessa forma que Deus nos perdoa. Jesus deixou esse fato claro na sua parábola do credor incompassivo. Aquele servo que recebeu um perdão de dez mil talentos não perdoou seu conservo de uma pequena dívida de cem denários. Dez mil talentos é seiscentas mil vezes mais que cem denários. Aquele que havia recebido um perdão seiscentas mil vezes maior negou-se a perdoar alguém que lhe devia uma dívida seiscentas mil vezes menor. O rei, então, lhe entregou aos verdugos até que ele “pagasse” a dívida impagável. Um homem precisaria trabalhar cento e cinqüenta mil anos para adquirir dez mil talentos recebendo o salário de um denário por dia. A nossa dívida com Deus é impagável. Por isso, o perdão de Deus é ilimitado. E Jesus foi enfático em afirmar que se não perdoarmos, não seremos perdoados: “Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão” (Mt 18.35).  O perdão é o caminho da cura das feridas. É a ponte de reconciliação das relações quebradas. O perdão é o remédio divino para os relacionamentos enfermos. O perdão é o bálsamo do céu para aqueles que andam machucados e feridos pela mágoa. Hoje é tempo de perdoar. Hoje é tempo de pedir perdão. Hoje é tempo de restaurar relacionamentos dentro da nossa casa e da igreja, a fim de vivermos uma vida plena, maiúscula e abundante”.http://hernandesdiaslopes.com.br/2007/09/perdoar-e-lembrar-sem-sentir-dor/#.VWON4dK4TIU].

SÍNTESE DO TÓPICO IV
O perdão é uma necessidade humana, pois como uma via de mão dupla, à medida que perdoamos ao próximo, o nosso Deus  igualmente nos perdoa.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Jesus de Nazaré, argumenta Hannah Arendt, foi 'o descobridor do papel do perdão no reino dos assuntos humanos'. Pode ser muito afirmar que Jesus descobriu o papel do perdão social, visto que os profetas e sábios antes dEle também estavam cientes deste fenômeno, mas Ele claramente transformou o seu significado e significação de um modo que causou um efeito profundo na história humana.
Se examinarmos os livros do Novo Testamento em ordem aproximadamente cronológica, mais uma vez identificaremos uma trajetória que nos leva a pensar no perdão de um modo que transcende as metáforas puramente legais ou financeiras. Marcos, o mais antigo dos Evangelhos, claramente liga a chegada de Jesus com a previsão dos profetas hebreus referente à promessa de perdão e à vinda do Messias. Diferente das introduções mais longas dos outros Evangelhos, Marcos cita os profetas e em seguida declara que João Batista 'apareceu' e proclamou um batismo de arrependimento para (ou em ou voltado para) o perdão de pecados (Mc 1.4) [...]. Em resposta ao antagonismo dos escribas levantado contra Ele, Jesus anuncia que 'todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, e toda sorte de blasfêmias, com que blasfemarem', exceto contra o Espírito Santo (Mc 3.28,29)" (SANDAGE, Steven J.; SHULTS, F. Leron. Faces do Perdão: Buscando Cura e Salvação. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.137-38).

CONCLUSÃO
 Ao estudarmos as limitações dos discípulos, alguns fatos ficam em evidência. Observamos que a incapacidade para enfrentar Satanás em Lucas 9.40 é justificada em Mateus 17.20 pela falta de fé; a incredulidade dos discípulos no caminho de Emaús (Lc 24.13-35) é justificada pela falta de conhecimento das Escrituras (Lc 24.25-27); o desejo por grandeza e primazia (Lc 9.46-48) é uma consequência de terem se amoldado à cultura do mundo, e a falta de perdão existe por não se reconhecer a natureza perdoadora do Pai celestial. [Nos episódios estudados, vimos uma sequência de falhas no comportamento dos discípulos. Primeiro, no monte da transfiguração, Pedro sugeriu igualar Jesus com Moisés e Elias, fazendo uma tenda para cada um. Enquanto isso, os discípulos que ficaram ao pé do monte não conseguiam libertar um menino possesso, por lhes faltar a oração e o jejum. Em seguida eles passaram a discutir qual seria o maior no reino e queriam proibir um homem de expulsar demônios em nome de Jesus, por não andar com eles. Agora Tiago e João querem matar os samaritanos que se recusam a receber Jesus. A competição para ser o maior no reino não terminou nos dias dos discípulos, continua hoje, mascarada em campanhas religiosas alardeando homens como “O maior pregador do mundo”, “O mais versado nas Escrituras” ou “O mais poderoso servo de Deus”. Lideranças que se intitulam “Apóstolos”, “Bispos”, que na verdade não passam de homens arrogantes, numa guerra de vaidades sem paralelo até mesmo entre os incrédulos. A resposta de Cristo a tudo isso é: “Vocês não sabem de que espécie de espírito são”.]. NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Maio de 2015